Começamos a Semana Santa, durante a qual a Igreja celebra os santos Mistérios de nossa Redenção. É ela a preparação última para a Ressurreição de nosso Divino Salvador. Correspondendo à sua alta significação, distingue-se esta Semana por comoventes cerimônias e atos litúrgicos.
Cada dia é privilegiado, de sorte que nenhuma festa pode ser celebrada durante esta semana. As Orações, os Cânticos, as Leituras nos Ofícios e nas santas Missas relembram os grandes Mistérios de nossa Redenção.
No Domingo, chamado de Ramos, comemoramos a solene entrada de Jesus em Jerusalém e sua aclamação pelo povo dos judeus.
Na Quarta-feira, o grande sinédrio resolve condenar Jesus à morte e Judas vende por isso o seu Mestre por trinta dinheiros.
Na Quinta-feira, assistimos à última Ceia, ao Lava-pés, à instituição do Sacrifício e do Sacramento da Eucaristia. E acompanhamos a Jesus em oração ao Horto das Oliveiras, vendo a sua prisão e a fuga dos discípulos.
Sexta-feira Santa é o dia da condenação do Salvador, de sua Crucifixão e Morte na Cruz.
Sábado Santo, é um dia do mais intenso luto, no qual a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando a sua Paixão e Morte e se abstém do Sacrifício da Missa, desnudada que está a sagrada mesa, até que, depois da solene vigília ou noturna expectativa da Ressurreição, ceda-se o lugar para as alegrias pascais, cuja abundância transborda nos dias seguintes.
De acordo com a doutrina exposta no decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, que renovou toda a liturgia desta Semana, cuidemos que esta seja para nós verdadeiramente santa, esforçando-nos por uma vida mais perfeita, para que possamos participar dos frutos de nossa Redenção. Evitemos as distrações supérfluas, para que o nosso espírito possa estar junto a Jesus. Enquanto for possível, assistamos às cerimônias e atos litúrgicos destes dias.
Como os catecúmenos, preparemo-nos para renovar e avivar em nós a graça batismal. Como os penitentes públicos dos antigos tempos, tenhamos bem vivos os sentimentos de dor e arrependimento por nossos pecados, e com toda a santa Igreja, tenhamos firme esperança na vitória final, na Ressurreição com Jesus Cristo para uma vida melhor.
📙- MISSAL QUOTIDIANO COMPLETO / EM PORTUGUÊS com o próprio do Brasil edição B - editado e impresso nas oficinas tipográficas do Mosteiro de São Bento / Bahia, 23 de dezembro de 1957. Pág 204.
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