SEXTA FEIRA "IN PASSIONE ET MORTE DOMINI"
✝️ - I LEITURA - EXTRAÍDA DO PROFETA OSÉAS
📖 - Os VI. 1-6
"Eis o que diz o Senhor: «Logo ao amanhecer, em sua aflição recorrerão a Mim, dizendo: Vinde, convertamo-nos ao Senhor; porque Ele nos castigou e Ele mesmo nos aliviará: feriu e nos há de curar. Depois de dois dias nos há de restituir a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará e nós viveremos perante a sua face». Assim devemos pensar e agir para melhor conhecer ao Senhor. Seu despontar será como a aurora e virá a nós como chuva oportuna que cai de tarde sobre a terra. Que te posso fazer, ó Efraim? Que te posso fazer, ó Judá? Vossa piedade se assemelha à nuvem matutina e ao orvalho que se evapora. Por isso os fiz sofrer pelos profetas e matei-os pelas palavras de minha boca; teu julgamento virá sobre ti como um raio de luz. Porque eu prefiro a misericórdia ao sacrifício, e o conhecimento de Deus aos holocaustos."
✝️ - II LEITURA - EXTRAÍDA DO LIVRO DO ÊXODO
📖 - Exod XII. 1-11
"Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés e a Aarão, na terra do Egito: «Este mês será para vós o primeiro dos meses; será para vós o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a assembléia dos filhos de Israel, e dizei-lhes: No décimo dia deste mês, tome, cada qual, um cordeiro para sua família e para sua casa. Se em uma casa não houver número suficiente de pessoas para comer o cordeiro, chamem-se da casa do vizinho mais próximo quantas pessoas bastem para comer o cordeiro. Este cordeiro deve ser sem mancha, masculino e deste ano. Observando o mesmo rito, podeis também tomar um cabrito. Guarda-lo-eis até o décimo quarto dia deste mês: e então, à tarde, toda a multidão dos filhos de Israel o imolará. E tomar-se-á o sangue com o qual serão pintados os dois umbrais e o limiar das casas em que o cordeiro for comido. Nessa mesma noite comerão a carne assada no lume, com pão ázimo e alfaces silvestres. Dele nada comereis cru ou cozido com água, mas tudo será assado no lume: a cabeça, os pés e as entranhas serão comidos. Nada deverá ficar para o dia seguinte. Se alguma coisa sobrar, tereis o cuidado de a consumir no fogo. E é assim que deveis comer: cingidos os vossos rins, calçados os vossos pés e segurando bordões na mão. Comereis com pressa, pois é a Páscoa (isto é, a passagem) do Senhor.»"
✝️ PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO JOÃO
📖 - Jo XVIII. 1-40; XIX. 1-42
"Naquele tempo, passou Jesus com os seus discípulos à outra banda do rio Cedron, onde havia um horto no qual entrou com os seus discípulos. Judas, que o traía, conhecia também esse lugar, porque muitas vezes Jesus ali viera com os seus discípulos. Tendo pois, tomado uma companhia de soldados e de servos, fornecidos pelos pontífices e fariseus, veio Judas a esse lugar, com lanternas, archotes e armas. Jesus, que sabia tudo o que ia acontecer, foi-lhes ao encontro e disse: «A quem procurais?». Eles responderam: 'A Jesus Nazareno'. Disse-lhes Jesus: «Sou eu». Ora, Judas, que o atraiçoava, estava também com eles. Apenas Jesus lhes disse: «Sou eu». Retrocederam e caíram por terra. Perguntou-lhes Jesus, pela segunda vez: «A quem procurais?». Responderam eles: 'A Jesus Nazareno'. Respondeu Jesus: «Já vos disse que sou eu; se, pois, só a mim buscais, deixai ir a estes». Assim se cumpriu a palavra que havia dito: «Não perdi nenhum dos que me destes». Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu um servo do pontífice, cortando-lhe a orelha direita. Este servo chamava-se Malco. Disse Jesus a Pedro: «Mete a tua espada na bainha». O cálice que meu Pai me deu, não o beberei eu? Então, a corte, o tribunal e os servos dos judeus prenderam a Jesus e O amarraram; e O conduziram primeiramente a Anás, porque era sogro de Caifás que era o pontífice naquele ano. Ora, Caifás era o que havia dado este conselho aos judeus: 'Convém que um homem morra pelo povo'. Entretanto Simão Pedro e o outro discípulo [João] seguiram a Jesus. Este discípulo, que era conhecido do pontífice, entrou com Jesus no pátio do palácio; mas Pedro ficou fora, à porta. Saiu então o discípulo que conhecia o pontífice, falou à porteira e esta fez Pedro entrar. E então disse a porteira a Pedro: 'Não és tu também um dos discípulos desse homem?' Respondeu ele: 'Não sou'. Estavam ali os servos e os guardas em torno do braseiro, aquecendo-se, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, de pé, aquecendo-se também. O pontífice, no entanto, inquiriu Jesus acerca de seus discípulos e de sua doutrina. Respondeu-lhe Jesus: «Eu falei publicamente ao mundo; sempre ensinei na sinagoga e no templo a que afluem todos os judeus; e nada disse ocultamente. Por que me interrogas? Pergunta àqueles que me ouviram; eles sabem o que lhes ensinei». Tendo Jesus proferido estas palavras, um dos guardas que aí se achavam, deu-Lhe uma bofetada, dizendo: 'Assim respondes ao pontífice?' Respondeu-lhe Jesus: «Se falei mal, traze-me o testemunho do mal, mas se falei bem, por que me bates?». E Anás enviou-O maniatado ao pontífice Caifás. Ainda ali estava Simão Pedro, de pé, a aquecer-se. Disseram-lhe então: 'Não és também um dos seus discípulos?' Ele negou, dizendo: 'Não sou'. Disse-lhe um dos servos do pontífice, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: 'Porventura não te vi eu no horto com Ele?' E Pedro negou outra vez; e logo depois o galo cantou. Conduziram então Jesus da casa de Caifás ao pretório. Era manhã, e eles não entraram no pretório para não ficarem impuros e poderem comer o cordeiro pascal. Pilatos veio fora, junto a eles e disse-lhes: 'Que acusações trazeis contra este homem?' Replicaram-lhe com estas palavras: 'Se não fosse um malfeitor, não O entregaríamos a ti'. Disse-lhes Pilatos: 'Levai-O e julgai-O segundo a vossa lei'. Responderam-lhe os judeus: 'Não nos é permitido matar ninguém'. Foi dito isto para que se cumprisse a palavra que Jesus dissera, indicando de que morte havia de morrer Entrou Pilatos outra vez no pretório, chamou Jesus e disse-Lhe: 'És Tu o Rei dos judeus?' Respondeu Jesus: «Dizes isso de ti mesmo ou foram outros que to disseram de mim?». Respondeu Pilatos. Sou eu, porventura, judeu? Tua gente e os pontífices Te entregaram a mim. Que fizeste pois? Respondeu Jesus: «Meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, meus ministros pelejariam para que eu não fosse entregue aos judeus; agora porém, não é daqui o meu Reino». Disse-Lhe então Pilatos: 'Logo, Tu és Rei?' Respondeu Jesus: «Tu dizes; eu sou Rei. Eu para isto nasci e para isto vim ao mundo a fim de dar testemunho à verdade. Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz». Disse-Lhe Pilatos: 'Que coisa é a verdade?' E dizendo isto, foi ter outra vez com os judeus e lhes disse: 'Nenhum crime acho n'Ele. É porém costume entre vós que eu vos liberte um preso pela Páscoa; quereis, pois, que vos solte o Rei dos judeus?' Então tornaram todos a clamar, dizendo: «Este não, e sim Barrabás». Ora, Barrabás era um ladrão. Então Pilatos prendeu a Jesus e O mandou, açoitar. E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na sobre a cabeça de Jesus e O revestiram com um manto de púrpura. E aproximavam-se d'Ele e diziam-Lhe: «Salve, Rei dos judeus!». E davam-Lhe bofetadas. Pilatos tornou ainda a sair e disse-lhes: 'Ei-Lo, aqui O trago para que saibais que não acho n'Ele nenhum delito'. (Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura). E disse-lhes Pilatos: 'Eis o homem'. Vendo-O, os pontífices e os guardas puseram-se a gritar: 'Crucifica-O, crucifica-O'. Disse-lhes Pilatos: 'Tomai-O vós e crucificai-O: porque não acho n'Ele crime algum'. Responderam-lhe os judeus: 'Nós temos uma lei, e segundo essa lei, Ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus'. Quando Pilatos ouviu estas palavras, temeu ainda mais. E entrou outra vez no pretório e disse a Jesus: 'Donde és Tu?' Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-Lhe então Pilatos: 'Não me falas?' Não sabes que tenho poder para Te crucificar e poder para te por em liberdade? Respondeu Jesus: «Não terias poder algum sobre mim, se te não fosse dado do alto. Por isso aquele que a ti me entregou, tem maior pecado». Desde esse momento, procurava Pilatos o meio de O livrar. Mas os judeus gritavam: 'Se soltas este homem, não és amigo de César; porque todo aquele que se faz rei, declara-se contra César'. Ao ouvir Pilatos estas palavras, trouxe Jesus para fora e assentou-se em seu tribunal, no lugar chamado em grego Lithóstrotos e em hebraico Gabbatha. Era o dia da preparação da Páscoa, e quase à hora sexta. E disse Pilatos aos judeus: 'Eis o vosso Rei'. Eles, porém, clamavam: 'Fora! fora com Ele! Crucifica-O'. Disse-lhes Pilatos: 'Pois hei de crucificar o vosso Rei?' Revidaram os pontífices: 'Não temos outro Rei senão César'. Então, finalmente, Pilatos lhes entregou Jesus para ser crucificado. Eles tomaram pois a Jesus e O levaram. E Jesus, carregando a sua cruz às costas, saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota, onde O crucificaram, e com Ele dois outros, um de cada lado, e Jesus no meio. Escreveu também Pilatos um título que mandou colocar sobre a cruz. E nele estava escrito: 'Jesus Nazareno, Rei dos judeus'. Muitos dos judeus leram esse título, porque era perto da cidade o lugar onde Jesus fora crucificado. E a inscrição era em hebraico, grego e latim. Diziam pois a Pilatos os pontífices dos judeus: 'Não escrevas: Rei dos judeus, mas sim como Ele disse: Sou o Rei dos judeus'. Respondeu Pilatos: 'O que escrevi, escrevi'. Os soldados, porém, depois de haverem crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes (dividindo-as em quatro partes, uma para cada soldado); e tomaram também a túnica. Esta era sem costura, toda tecida de alto a baixo. E disseram então uns aos outros: 'Não a rasguemos; mas tiremos por sorte quem há de levá-la'. Para que se cumprisse a Escritura, que diz: «Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitaram sortes». E assim mesmo fizeram os soldados. Estavam de pé junto à cruz de Jesus, sua Mãe, e a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena. Jesus, então, vendo sua Mãe e perto dela o discípulo que Ele amava, disse à sua Mãe: 'Mulher, eis o teu filho'. Depois disse ao discípulo: 'Eis a tua Mãe'. E desde aquela hora, recebeu-a o discípulo em sua casa. Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para que ainda se cumprisse a Escritura, disse: «Tenho sede». Havia ali um vaso cheio de vinagre. E os soldados embeberam no vinagre uma esponja, que prenderam num hissopo, e chegaram-na à sua boca. Havendo Jesus tomado o vinagre, disse: «Tudo está consumado». E, inclinando a cabeça, expirou. (AQUI TODOS SE AJOELHAM, HAVENDO UMA PAUSA, PARA HONRAR A MORTE DE NOSSO SENHOR). Como era a preparação da Páscoa, para que não ficassem na cruz os corpos em dia de sábado (porque aquele dia de sábado era de grande solenidade), rogaram os judeus a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e os corpos fossem tirados. Vieram pois os soldados e quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que com Ele fora crucificado. Tendo vindo depois a Jesus, como O viram já morto, não Lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados Lhe abriu o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água. E aquele que o viu, deu testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. E ele sabe que disse a verdade, para que também o creiais. Porque estas coisas aconteceram para que se cumprissem as palavras da Escritura: «Não lhe quebrareis osso algum». E também diz outro aqueles a quem traspassaram, Depois disso, José de Arimatéia (que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos consentiu. José veio, pois, e tirou o corpo de Jesus. Nicodemos, aquele que fora visitar a Jesus pela primeira vez, à noite, veio também, trazendo uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés. Tomaram então o corpo de Jesus e O envolveram em lençóis com aromas, segundo o costume de sepultar dos judeus. Havia no lugar em que Jesus fora crucificado, um horto, e nele uma sepultura nova onde ninguém fora ainda depositado. Ali pois, por ser o dia de Parasceve dos judeus, e porque aquele sepulcro estava perto, colocaram a Jesus."
MORTE DE JESUS
📖 - Jo XIX. 30
"Et inclinato capite, tradidit spiritum"
"E inclinando a cabeça, rendeu o espírito"
➡️ Sumário
Contempla como depois de três horas de agonia, pela veemência das dores, as forças faltam a Jesus; entrega o corpo ao próprio peso, deixa cair a cabeça sobre o peito, abre a boca e expira. Alma cristã, dize-me: não merece porventura todo o nosso amor um Deus que, para nos salvar da morte eterna, quis morrer no meio dos mais atrozes tormentos? Todavia, como são poucos os que amam e muitos os que, em vez de O amarem, Lhe pagam com injúrias e ultrajes.
I. Considera que o nosso amável Redentor é chegado ao fim da sua vida. A mortecem-se-Lhe os olhos, o seu belo rosto empalidece, o coração palpita debilmente, e todo o sagrado corpo é lentamente invadido pela morte. Vinde, anjos do céu, vinde assistir a morte do vosso Deus. Vós, ó Mãe dolorosa, Maria, chegai-vos mais próxima à cruz, levantai os olhos para vosso Filho, e contemplai-O atentamente, porque está prestes a expirar.
Pater, in manus tuas commendo spiritum meum (1) — "Pai em vossas mãos entrego o meu espírito". É esta a última palavra que Jesus profere com confiança filial e perfeita resignação com a vontade divina. Foi como se dissesse: Meu Pai, não tenho vontade própria; não quero nem viver nem morrer. Se é vossa vontade que eu continue a padecer sobre a cruz, eis-me aqui, estou pronto para obedecer; em vossas mãos entrego o meu espírito; fazei de mim segundo a vossa vontade. — Tomara que nós disséssemos o mesmo, quando temos alguma cruz, deixando-nos guiar pelo Senhor, conforme o seu agrado. Tomara que o repetíssemos especialmente no momento da morte! Mas para bem o fazermos então, devemos praticá-lo muitas vezes em nossa vida.
Entretanto, Jesus chama a morte, que por deferência não ousava aproximar-se do autor da vida, e lhe dá licença para lhe tirar a vida. E eis que finalmente, enquanto treme a terra, se abrem os túmulos e se rasga o véu do templo, eis que pela veemência da dor faltam as forças ao Senhor moribundo, baixa o calor natural, falha a respiração. Jesus abandona o corpo ao próprio peso, deixa cair a cabeça sobre o peito, abre a boca e expira: Et inclinato capite, tradidit spiritum (2). — Parti, ó bela alma do meu Salvador, parti e ide nos abrir o paraíso, fechado até agora, ide apresentar-Vos à Majestade divina, e alcançai-nos o perdão e a salvação.
As pessoas presentes, voltadas para Jesus Cristo, por causa da força com que proferiu as suas últimas palavras, contemplam-No com atenção silenciosa, vêem-No expirar, e notando que não se move mais, dizem: Morreu, morreu. Maria ouve que todos o dizem, e ela também exclama: Ah, Filho meu, já morreste; estais morto.
II. Morreu! Ó Deus! Quem é que morreu? O Autor da vida, o Unigênito de Deus, o Senhor do mundo. Ó morte, que fizeste pasmar o céu e a natureza! Um Deus morrer pelas suas criaturas! — Vem, minha alma, levanta os olhos e contempla esse Homem crucificado. Contempla o Cordeiro divino já imolado sobre o altar da dor; lembra-te de que Ele é o Filho dileto do pai Eterno, e que morreu pelo amor que te tem dedicado. Vê esses braços abertos para te acolherem; a cabeça inclinada para te dar o ósculo de paz; o lado aberto para te receber. Que dizes? Não merece ser amado um Deus tão bom e tão amoroso? Ouve o que do alto de sua cruz te diz o Senhor: Meu Filho, vê se há alguém no mundo que te tenha amado mais do que eu, teu Deus!
Ah meu Jesus, já que para minha salvação não poupastes a vossa própria pessoa, lançai sobre mim esse olhar afetuoso com que me olhastes um dia, quando estáveis em agonia sobre a cruz; olhai-me, iluminai-me, e perdoai-me. Perdoai-me em particular a ingratidão que tive para convosco no passado, pensando tão pouco na vossa paixão e no amor que nela me haveis mostrado. Dou-Vos graças pela luz que me concedeis de compreender através de vossas chagas e de vossos membros dilacerados, como por entre umas grades, o afeto tão grande e tão terno que ainda guardais para comigo.
Ai de mim, se depois de receber estas luzes deixasse de Vos amar, ou amasse outra coisa que não a Vós. Morra eu, assim Vos direi com São Francisco de Assis, morra eu por amor de vosso amor, ó meu Jesus, que Vos dignastes morrer por amor de meu amor. Ó Coração aberto de meu Redentor, ó morada feliz das almas amantes, não Vos dedigneis receber agora minha mísera alma.
Ó Maria, ó Mãe de dores, recomendai-me a vosso Filho, a quem vedes morto sobre a cruz. Vede as suas carnes dilaceradas, vede o seu Sangue divino derramado por mim, e conclui disto quanto lhe agrada que lhe recomendeis a minha salvação. A minha salvação consiste em que eu O ame, e este amor vós me deveis impetrar, mas um amor grande, um amor eterno.
Referências:
(1) 📖 - Luc XXIII. 46
(2) 📖 - Jo XIX. 30
📗 - (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo I: Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa Inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 415-418)
Comentários
Postar um comentário